- Me chamo Pedro Gomes Jr, tenho 16 anos, estudo no melhor colégio de São Paulo e sou o futuro herdeiro da Puissant Construtora, a mais importante do estado de São Paulo. O depoimento que vou lhe narrar agora, caro amigo, Bruno, não terá um final feliz e foi assim, conversando com uma desconhecida da internet que minha vida se tornou um inferno.
Eu a conheci no final do inverno passado em um site de relacionamentos da internet. Ela tinha dois oceanos não pacíficos olhos no rosto que se encaixavam em perfeita combinação com a boca carnuda e os cabelos castanhos. No digitar da internet, ela me encantou, contei a ela toda a minha vida, nos tornamos íntimos, marcamos vários encontros fracassados, até que um deles foi bem sucedido.
Meu pai tinha um apartamento em Copacabana para onde nos íamos quase todo o final de semana, era o nosso refúgio. Então, combinei com Maria de nos encontrarmos em uma padaria típica da zona sul para nos conhecermos pessoalmente. Às 15 horas, lá estava ela com seus olhos azuis e cabelos castanhos exatamente como era na webcam. Pedi para Lúcia, a atendente, um café com leite e Maria ficou com um simples suco de laranja, conversamos pouco, beijamos muito, a emoção era forte demais, 8 meses de conversas e declarações pela internet estavam se acabando entre os beijos calorosos que davamos.
Decidimos então fazer um passeio pela cidade, chamei o motorista particular, que por ordens do meu pai, veio acompanhado de dois seguranças. Nosso destino seria o Pão de Açúcar, mas no meio do caminho uma Blazer preta se chocou com nosso carro que bateu em uma árvore. Naquele momento, fiquei atordoado e só lembro de ter visto homens encapuzados com metralhadoras na mão saírem da Blazer e matarem os seguranças. Eles me jogaram na mala e me encapuzaram, ao som da batida da mala, desacordei e ao retomar a consiência já estava sendo mantido em cativeiro.
O cativeiro era escuro de janelas lacradas por madeiras em que só se ouvia o silêncio e em alguns momentos, susurros, provavelmente, dos sequestradores. Ali, eu estava mais atordoado ainda, sem saber direito o que tinha acontecido até que um dos sequestradores entra no cativeiro com um alicate em mãos, exigindo o telefone da minha família e caso eu não entregasse, torturas iam começar. Com o alicate precionando um de meus dedos, passei ao sequestrador os números. Ele, sem mais rodeios, com um sorriso no rosto sai do cativeiro em silêncio, fechando a porta por onde pude observar pela fina fresta que se fechava, a própria Maria aos abraços com outro rapaz, possivelmente, mais um dos sequestradores. Aquilo explicava tudo...
Me acalmei e dei conta do que se passava ali: Aquela menina dos olhos oceânicos, era cumplice dos sequestradores o tempo todo, esse sempre foi o plano deles, usar da beleza dela pra me encantar, foi o crime perfeito. Aonde eu estava? Como ira sair dali? Meu pai estava me procurando?
Meu coração estava sendo consumido cada vez mais por angustia e tristeza, fui traído pela mulher que mais amava e agora estava arriscado à morte, esperando o próximo capítulo conturbado de minha vida que o destino reservara. Quando a porta do cativeiro se abre novamente, os sequestradores colocam no ambiente um balde com água e as torturas começam. Rnquanto um deles dialogava com alguém pelo telefone, o outro me afogava, meus gritos de socorro eram em vão, garfos furavam minha barriga, sangue escorria de meu rosto, meu corpo já não estava mais suportando as tamanhas barbarias que aqueles seres fizeram. O celular é colocado em meu rosto, do outro lado da linha, meu pai teve o tempo de falar poucas coisas:
- Filho, tenha fé, nos estamos fazendo de tudo para lhe salvar, já falamos com Cláudio e no final, vai ficar tudo...
Antes que pudesse terminar, um dos sequestradores distancia o telefone de meu ouvindo e sai pela porta. O outro acaba o serviço, jogando sal em minhas feridas e perante aos meu tremores de dor naquele chão velho, deu as costas e saiu, como se estivesse com a consciência limpa. Dentro daquele quarto, perdi a noção do tempo, meu único alimento era um pão com um pouco de água, o raciocínio naquela altura já não existia, qualquer expectativa arruinada. Eles ficavam do outro lado da porta sussurrando, se ouvia muito pouco do que falavam, mas o papo deles indicava que o meu resgate estava próximo.
Estava chovendo, eles entraram no cativeiro e me vendaram, desse momento só lembro de ter descido as escadas, ter sentido um leve cheiroo de terra molhada e ser colocado na Blazer. O tempo percorrido de carro foi curto, quando chegamos ao local do resgate, as vendas foram tiradas dos meus olhos, as ruas estavam desertas e o dia ainda não tinha amanhecido. Lá estavam os sequestradores encapuzados, apontando uma arma para minha cabeça, Maria era a única sem capuz, ela seria a "mediadora". O lugar marcado para o resgate foi o mesmo onde antes eu tinha dado beijos demorados em Maria. Na padaria, estavam: Os sequestradores, eu, maria, meu pai e Lúcia, a atendente que estava ali por ter sido a ultima pessoa conhecida a ter me visto. Tudo ia bem, mas elementos surpresas fracassaram com o plano do meu pai que tinha tudo pra dar certo, Lúcia era vidente e Cláudio Costa estava dentro do recinto.
De forma agil e inesperada, Lúcia se joga em cima de um dos sequestradores e grita :
- ATIRA !!!
Esse grito era para Cláudio que estava escondido, pronto para atirar assim que eles me soltassem, mas foi por causa de um grito parecido com esse que Cláudio matou uma menina por acidente e isso foi causa de um trauma terrivel em sua vida. Ele não consegue apertar o gatilho, seu esconderijo é descoberto e naquele momentos, todos nos eramos refens dos sequestradores. Meu pai ofereceu os 3 milhões já combinados, mas depois de toda aquela tensão, os sequestradores queriam 10 milhões para libertar todos. Agora, a transação estava entre os bandidos e minha mãe, Tereza, que teria que pegar a quantia restante e levar até a padaria. O banco so abriria as 8 horas e eram pouco mais 4 horas da manhã, os marginais nos jogaram no depósito da padaria, enquanto ditavam as ordem pelo telefone a dona Tereza.
Naquele período de 5 horas em que nos passamos juntos, algumas questões foram respondidas:
> Lúcia era vidente e preveu que se Cláudio atirasse, o morto acabaria sendo outra pessoa diferente dos bandidos. Ele era o detetive que meu pai tinha contratado para resolver o caso do sequestro, além disso, Lúcia foi a última pessoa a ter me visto e por ser vidente preveu o sequestro, avisou os gomes antes dos malfeitores ligarem e estava ajudando nas investigações sempre que podia.
As 5 horas passaram, minha mãe apareceu com a quantia que faltava, mas trouxe os policias junto. Os sequestradores ficaram apavoradas, o dinheiro não era mais importante, agora eles queriam sair daquele meio sem serem presos. Saimos então do depósito e voltamos a parte central da padaria onde armas estavam apontadas para nossas cabeças. O diálogo "sequestradores x polícia" estava sendo colocado em prática. A primeira parte do acordo sera libertar Lúcia, que nao tinha nada a ver com isso. Ela não conseguiu prever o que iria acontecer ou não quis mais interferir.
No momento que ela ganharia sua liberdade, um policial se antecipa, disparando um tiro sem sucesso que bate em cheio na vidraça da padaria, o pânico estava feito. Enquanto os estilhaços do vidro se espalhavam pelo chão da padaria, os reféns tentavam se soltar, os ladrões dispararam 2 tiros e tentaram fugir, o policial que se antecipou disparou só mais uma vez e ao final, Lúcia leva um tiro de raspão no rosto e outros 2 corpos caem ensanguentados ao chão. No meio de toda esta ação, lembro de ter visto minhas mãos cobertas de sangue, depois disso, apaguei completamente e ao acordar, já estava no hospital, respirava com a ajuda de aparelhos e tinha ao meu lado, a mão macia de minha mãe que me acalentava, mas coube a ela me deixar acabado contando o triste desfecho dessa história.
O tiro do policial deixou Lúcia com uma cicatriz horrivel no rosto e os sequestradores atiraram em minha direção para tentar fugir, eu me joguei em direção a Maria para me defender. Ela, ganhou um tiro na cabeça e morreu na hora, destino merecido a quem me fez tanto mal. Um dos sequestradores foi preso, o outro conseguiu fugir atraves da rede de esgotos e eu, que só queria ter meu amor pra vida toda, recebi um tiro a queima roupa. A bala alojada em minha coluna deixou sequelas terrives que jamais poderiam ser revertidas, isto explicava minha dúvida enquanto deitado na cama do hospital: Por que não sentia minha pernas?
By Felipe Gomes
Eu a conheci no final do inverno passado em um site de relacionamentos da internet. Ela tinha dois oceanos não pacíficos olhos no rosto que se encaixavam em perfeita combinação com a boca carnuda e os cabelos castanhos. No digitar da internet, ela me encantou, contei a ela toda a minha vida, nos tornamos íntimos, marcamos vários encontros fracassados, até que um deles foi bem sucedido.
Meu pai tinha um apartamento em Copacabana para onde nos íamos quase todo o final de semana, era o nosso refúgio. Então, combinei com Maria de nos encontrarmos em uma padaria típica da zona sul para nos conhecermos pessoalmente. Às 15 horas, lá estava ela com seus olhos azuis e cabelos castanhos exatamente como era na webcam. Pedi para Lúcia, a atendente, um café com leite e Maria ficou com um simples suco de laranja, conversamos pouco, beijamos muito, a emoção era forte demais, 8 meses de conversas e declarações pela internet estavam se acabando entre os beijos calorosos que davamos.
Decidimos então fazer um passeio pela cidade, chamei o motorista particular, que por ordens do meu pai, veio acompanhado de dois seguranças. Nosso destino seria o Pão de Açúcar, mas no meio do caminho uma Blazer preta se chocou com nosso carro que bateu em uma árvore. Naquele momento, fiquei atordoado e só lembro de ter visto homens encapuzados com metralhadoras na mão saírem da Blazer e matarem os seguranças. Eles me jogaram na mala e me encapuzaram, ao som da batida da mala, desacordei e ao retomar a consiência já estava sendo mantido em cativeiro.
O cativeiro era escuro de janelas lacradas por madeiras em que só se ouvia o silêncio e em alguns momentos, susurros, provavelmente, dos sequestradores. Ali, eu estava mais atordoado ainda, sem saber direito o que tinha acontecido até que um dos sequestradores entra no cativeiro com um alicate em mãos, exigindo o telefone da minha família e caso eu não entregasse, torturas iam começar. Com o alicate precionando um de meus dedos, passei ao sequestrador os números. Ele, sem mais rodeios, com um sorriso no rosto sai do cativeiro em silêncio, fechando a porta por onde pude observar pela fina fresta que se fechava, a própria Maria aos abraços com outro rapaz, possivelmente, mais um dos sequestradores. Aquilo explicava tudo...
Me acalmei e dei conta do que se passava ali: Aquela menina dos olhos oceânicos, era cumplice dos sequestradores o tempo todo, esse sempre foi o plano deles, usar da beleza dela pra me encantar, foi o crime perfeito. Aonde eu estava? Como ira sair dali? Meu pai estava me procurando?
Meu coração estava sendo consumido cada vez mais por angustia e tristeza, fui traído pela mulher que mais amava e agora estava arriscado à morte, esperando o próximo capítulo conturbado de minha vida que o destino reservara. Quando a porta do cativeiro se abre novamente, os sequestradores colocam no ambiente um balde com água e as torturas começam. Rnquanto um deles dialogava com alguém pelo telefone, o outro me afogava, meus gritos de socorro eram em vão, garfos furavam minha barriga, sangue escorria de meu rosto, meu corpo já não estava mais suportando as tamanhas barbarias que aqueles seres fizeram. O celular é colocado em meu rosto, do outro lado da linha, meu pai teve o tempo de falar poucas coisas:
- Filho, tenha fé, nos estamos fazendo de tudo para lhe salvar, já falamos com Cláudio e no final, vai ficar tudo...
Antes que pudesse terminar, um dos sequestradores distancia o telefone de meu ouvindo e sai pela porta. O outro acaba o serviço, jogando sal em minhas feridas e perante aos meu tremores de dor naquele chão velho, deu as costas e saiu, como se estivesse com a consciência limpa. Dentro daquele quarto, perdi a noção do tempo, meu único alimento era um pão com um pouco de água, o raciocínio naquela altura já não existia, qualquer expectativa arruinada. Eles ficavam do outro lado da porta sussurrando, se ouvia muito pouco do que falavam, mas o papo deles indicava que o meu resgate estava próximo.
Estava chovendo, eles entraram no cativeiro e me vendaram, desse momento só lembro de ter descido as escadas, ter sentido um leve cheiroo de terra molhada e ser colocado na Blazer. O tempo percorrido de carro foi curto, quando chegamos ao local do resgate, as vendas foram tiradas dos meus olhos, as ruas estavam desertas e o dia ainda não tinha amanhecido. Lá estavam os sequestradores encapuzados, apontando uma arma para minha cabeça, Maria era a única sem capuz, ela seria a "mediadora". O lugar marcado para o resgate foi o mesmo onde antes eu tinha dado beijos demorados em Maria. Na padaria, estavam: Os sequestradores, eu, maria, meu pai e Lúcia, a atendente que estava ali por ter sido a ultima pessoa conhecida a ter me visto. Tudo ia bem, mas elementos surpresas fracassaram com o plano do meu pai que tinha tudo pra dar certo, Lúcia era vidente e Cláudio Costa estava dentro do recinto.
De forma agil e inesperada, Lúcia se joga em cima de um dos sequestradores e grita :
- ATIRA !!!
Esse grito era para Cláudio que estava escondido, pronto para atirar assim que eles me soltassem, mas foi por causa de um grito parecido com esse que Cláudio matou uma menina por acidente e isso foi causa de um trauma terrivel em sua vida. Ele não consegue apertar o gatilho, seu esconderijo é descoberto e naquele momentos, todos nos eramos refens dos sequestradores. Meu pai ofereceu os 3 milhões já combinados, mas depois de toda aquela tensão, os sequestradores queriam 10 milhões para libertar todos. Agora, a transação estava entre os bandidos e minha mãe, Tereza, que teria que pegar a quantia restante e levar até a padaria. O banco so abriria as 8 horas e eram pouco mais 4 horas da manhã, os marginais nos jogaram no depósito da padaria, enquanto ditavam as ordem pelo telefone a dona Tereza.
Naquele período de 5 horas em que nos passamos juntos, algumas questões foram respondidas:
> Lúcia era vidente e preveu que se Cláudio atirasse, o morto acabaria sendo outra pessoa diferente dos bandidos. Ele era o detetive que meu pai tinha contratado para resolver o caso do sequestro, além disso, Lúcia foi a última pessoa a ter me visto e por ser vidente preveu o sequestro, avisou os gomes antes dos malfeitores ligarem e estava ajudando nas investigações sempre que podia.
As 5 horas passaram, minha mãe apareceu com a quantia que faltava, mas trouxe os policias junto. Os sequestradores ficaram apavoradas, o dinheiro não era mais importante, agora eles queriam sair daquele meio sem serem presos. Saimos então do depósito e voltamos a parte central da padaria onde armas estavam apontadas para nossas cabeças. O diálogo "sequestradores x polícia" estava sendo colocado em prática. A primeira parte do acordo sera libertar Lúcia, que nao tinha nada a ver com isso. Ela não conseguiu prever o que iria acontecer ou não quis mais interferir.
No momento que ela ganharia sua liberdade, um policial se antecipa, disparando um tiro sem sucesso que bate em cheio na vidraça da padaria, o pânico estava feito. Enquanto os estilhaços do vidro se espalhavam pelo chão da padaria, os reféns tentavam se soltar, os ladrões dispararam 2 tiros e tentaram fugir, o policial que se antecipou disparou só mais uma vez e ao final, Lúcia leva um tiro de raspão no rosto e outros 2 corpos caem ensanguentados ao chão. No meio de toda esta ação, lembro de ter visto minhas mãos cobertas de sangue, depois disso, apaguei completamente e ao acordar, já estava no hospital, respirava com a ajuda de aparelhos e tinha ao meu lado, a mão macia de minha mãe que me acalentava, mas coube a ela me deixar acabado contando o triste desfecho dessa história.
O tiro do policial deixou Lúcia com uma cicatriz horrivel no rosto e os sequestradores atiraram em minha direção para tentar fugir, eu me joguei em direção a Maria para me defender. Ela, ganhou um tiro na cabeça e morreu na hora, destino merecido a quem me fez tanto mal. Um dos sequestradores foi preso, o outro conseguiu fugir atraves da rede de esgotos e eu, que só queria ter meu amor pra vida toda, recebi um tiro a queima roupa. A bala alojada em minha coluna deixou sequelas terrives que jamais poderiam ser revertidas, isto explicava minha dúvida enquanto deitado na cama do hospital: Por que não sentia minha pernas?
By Felipe Gomes
É realmente uma história aterrorizante.
ResponderExcluirEsse amor custou caro até demais.
Agora nada mais a fazer a não ser rezar.
De qualquer forma ti desejo:
Tenha um excelente final de semana.
Faça uma visita ao blog
www.vamoscaminharjuntos.blogspot.com
onde fiz uma postagem bastante polêmica.
Deixe lá o seu comentário e assista blog
a crítica feita por
Felipe Melo, além de um verdadeiro
shoping virtual.Ah! e seja também um
seguidor. Abraços.